segunda-feira, 19 de novembro de 2012

O Ponto Final

Só eu que não consigo falar, escrever algo sobre o fim do Ensino Médio?
Vou tentar, mas provavelmente não vou emocionar ninguém.

Quando mudei de escola não conhecia muita gente, as pessoas que eu era mais próxima no primeiro ano mudaram de escola, de início achei ruim, mas depois vi que se elas não tivessem saído eu não teria me aproximado das pessoas que hoje sou próxima, no primeiro ano criamos conceitos errôneos das pessoas que estavam lá e custamos a quebrar esses conceitos, no segundo ano tivemos mais contato, cada um na sua respectiva sala, sem se misturar muito, criou-se um muro. No Terceiro a ordem era vamos fazer desse ano o MELHOR, quebrar barreiras e explorar limites, o fizemos, quebramos o muro que tínhamos criado. 
Conversamos com o pessoal, nos ajudamos nas Olimpíadas, dançamos e gritamos no Baile do Estudante, viajamos para São Paulo e torcemos com nossa alma para ganharmos o Último Passageiro, não ganhamos, mas foi muito, mais muito divertido mesmo, conhecemos os Monitores MARAVILHOSOS da Forma, uns viajaram para Itaparica, outros foram para o Cruzeiro e ainda outros irão para Caldas Novas. Tá, houve uns que não foram para São Paulo, outras não foram para Itaparica, outras não foram para o Cruzeiro e nem vão para Caldas, okay, mas as pessoas que curtiram alguma dessas viagens pode dizer que foi legal e que foi uma experiência inesquecível. 

As coisas que fizemos vão ficar marcadas na memória, sejam elas boas ou ruins (até porque 3 anos não foram as mil maravilhas, quantas brigas, discussões, desentendimentos nós tivemos?) mas está acabando, fizemos trotes D-I-V-I-N-O-S onde nós brilhamos, nos tornamos quem queríamos ser ou simplesmente não eramos nós, aprendemos com os Melhores Professores que poderíamos ter (com alguns não aprendemos muito pois não estávamos afim por isso tem recuperação logo mais), onde mais teríamos professores que fazem festa para nós, que viajam conosco por prazer, que nos convidam a conhecer seus filhos, que nos contam das suas vidas e querem participar da nossa, não como simples Educadores, mas como amigos? Das escolas em que passei só o Stella foi assim.

Mas e agora? Acabou? Não, como eu falei várias vezes no vídeo do Phedoras, o Fim é só um começo. Esse ponto final só delimita a nossa introdução, agora sim que vem o nosso desenvolvimento, agora começa a Vida. Muitos dos que estiveram na Introdução não estarão no Desenvolvimento, mas eles passaram pela minha História e querendo ou não me marcaram de alguma forma, alguns vão continuar te marcando, outros você quer logo se livrar e nunca mais ver na vida. 

Esse é o momento que esperamos por toda nossa vida, é a partir daqui que lutamos para ganhar nosso espaço, a nossa "liberdade", nosso dinheiro, enfim, ganhar. O mais difícil de aceitar nesse Fim é que perdemos muito tempo (pois poderíamos ter usado ele para conhecer as pessoas que estavam do nosso lado e agora estamos indo cada um pro seu lado, quantos não começaram a se aproximar em Outubro de 2012?) e a dúvida (como será daqui para frente? Quem estará comigo? Quem eu nunca mais irei ver?). É doloroso mas é a verdade. 

Queria que muitos continuassem por perto, mas, caso não nos encontremos mais, lembrem-se que vocês me mudaram e assim carrego cada um de vocês em mim, lembrem-se de cada sorriso dado e conversa jogada fora, e se alguma lágrima de felicidade foi derramada, lembre-se dela também. 

Aliás tem uma música que eu acho que combina com o texto:



Sinceramente: ninguém quer refazer o Ensino Médio.

Desejo que todos consigam alcançar seus objetivos
e se lembre apenas dos melhores 

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Eu Perdi.

Hoje tive uma pequena discussão com uma amiga, tudo começou com as simples palavras acima: Eu Perdi. Só isso, a curiosidade me matou simplesmente por faltar um detalhe o objeto direto, e essa minha amiga deixou isso em aberto, e de repente me veio a resposta a mente, eu também perdi, perdi coisas, pessoas, sentimentos, oportunidades, tempo, perdi muito e a cada dia que passa eu perco mais coisas, isso não é necessariamente ruim, pois com algumas perdas vem alguns ganhos.

Perdi alguns medos, perdi a vergonha, perdi minha auto-confiança, perdi amigos, perdi meu tempo, perdi oportunidades, perdi a hora, perdi a confiança de algumas pessoas, perdi o fio da meada, perdi minha estupidez, enfim Perdi, mas eu não me arrependo de ter perdido muitas dessas coisas.

As coisas que perdi foram, mas me trouxeram outras coisas, outras questões e outros "presentes", talvez se não tivesse me perdido, não teria me encontrado ou talvez me buscando (porque ainda estou em uma fase de reconhecimento), afinal quantas das minhas experiências teriam acontecido se eu não perdesse um pouco da razão (ou do juízo), quantos amigos eu teria se não tivesse perdido a vergonha.

Bom, era só isso.

sábado, 16 de junho de 2012

A Luta

Dessa vez eu me superei, deixei de escrever faz meses, e a partir dessa afirmação acredito que realmente eu estou revoltada. Existem dois seres em mim que lutam constantemente, não sei se consigo manter o Equilíbrio, por muito tempo a parte boa se conservou em primeiro lugar, mas ser boazinha cansa, então o meu lado gentil decidiu tirar férias, não sei se é uma boa decisão, mas precisava experimentar, me sentia insegura, sem firmeza alguma, talvez isso não tenha mudado, eu realmente não sei quem sou e o que devo fazer sobre tal, estou dentro de uma crise existencial, escrever sempre foi minha saída, era minha melhor maneira de desabafar e desde a morte da minha avó nada sai como eu quero, e então deixei de querer, foi uma mudança radical, corte de cabelo, furo na orelha, falta de dedicação e de vontade, medo de agir, de falar, de sentir e de ficar só, mas ao mesmo tempo não se importar com os sentimentos dos demais e falar o que tiver vontade, nunca experimentei tal sinceridade, nunca menti, sempre recolhi minhas opiniões para mim, e agora decidi demonstrar, decidi quebrar meus limites, mas ainda me escondo em minha timidez, sou estranha, e agora tenho monstros lutando em mim, e, acho assim, quem eles estão me machucando, ou se não estão me machucando, estão machucando os que convivem comigo. 



Enfim, façam suas apostas,
 será que o bom ganhará? 
o mau? ou dará empate?
Aqui deixo o meu boa noite
 e uma boa semana

terça-feira, 17 de abril de 2012

Um pequeno desabafo de uma adolescente à uma querida Professora

Pode parecer uma simples coisa de adolescente no ensino médio, e é mesmo, mas sempre coloquei na minha cabeça que meus professores são pais que conversam mais, que entendem mais, que conhecem mais, e mais que tudo isso, são amigos com mais experiência (quanto "mais"!!!), e é por isso e por outros motivos que tenho certeza que vou sentir falta da escola, ter pessoas que querem o seu bem, que te direcionam, que te ensinam a pensar e que se preocupam com você, de forma superficial e clara, é isso que a escola representa.


Mas meu assunto é outro, bom, nunca fui uma ÓTIMA aluna, ou uma eximia e dedicada estudante, mas sempre mantive notas boas e conversas constantes, nunca fui muito influenciada pelo meio, se fui? fui, mas como disse, não muito, aprendi com a experiência de outros, com o que assistia, aprendi muito apenas observando, mas acho que tenho me desligado dos MEUS antigos costumes, minhas notas caíram, minha auto-estima e auto controle decresceu, estou muito mais tagarela, pouco dedicada, menos organizada (bom, isso é uma das coisas que nunca consegui ser), e mais atentada, eu diria, não me orgulho disto: estou virando um exemplo de mau exemplo.


A professora do título, como está escrito lá, é muito querida, mesmo que muitas vezes eu tenha pensado que ela não gosta muito de mim, eu a admiro desde a primeira aula. Ela é a mãe/amiga/madrinha/psicóloga/conselheira/professora da escola, principalmente do terceiro ano, ela já nos provou que nos conhece mais do que imaginamos, mas hoje, escutando os conselhos que ela dava à sala, senti que não era, exatamente, para a sala e sim para a minha pessoa, não sei se era para ser para mim mesmo, se era minha imaginação, ou se é porque eu carrego em mim um pouco de cada um deles (seja bom, seja mau) em meu ser talvez eu faça isso para ser aceita e acabei me acostumando. Devo dizer que a culpa de tudo aquilo ser o que é, não é de ninguém além de mim, a culpa foi minha e sempre será minha, sou eu que tento não excluir ninguém da sala e fico me modificando para poder interagir melhor com todos, eu tenho a necessidade de ser aceita por todos, então mesmo conversando com apenas um, parece que eu organizei um motim. Tenho medo de voltar a ser ninguém, mas tenho medo de me tornar pior do que estou sendo.


Aos Que leram isso, e não era para ter lido,
perderam seu tempo,
afinal, o blog é meu eu escrevo o que eu quiser,
eu sei que meus textos estão um tanto pessoais, 
no próximo eu escrevo algo inteligente 
e útil ao meu/nosso aprendizado.

Beijos e uma Boa Semana